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A mostrar mensagens de outubro, 2020

A Dor e as Árvores

Regresso aqui por necessidade. Ainda bem que não vais ler. Partiste!  A textura da língua - áspera -, recorda-me tempos de inação, de sem-rumo; do entorno que costuma acompanhar-me vindo dos confins do universo - sabe-se lá porquê?! Tão persistente! Melhor não insistir eu, volver transparente: há várias possibilidades: a máscara social; o estertor final... mais não me ocorrem, porque nem importa!  Encontrei-te várias vezes ao longo da vida, mesmo quando apareceste com disfarces. Muitas mesmo. Repetiu-se. Repetimos: o princípio, o engodo e o fim. Independentemente dos meandros da historieta de príncipes ou quase isso. Já sei! Já estudei! São heresias de trovadores, paixões irrealizáveis, narcisismo encapotado, inconsciente coletivo, arquétipos... Mas porquê tanta insistência? Atormentem-se outros! Distribua-se a dor! Tão dor! Desta vez fui Xerazade: desdobrei-me em imaginação. Eras mentira total, indiferença! Dei conta que me sugeriste o suicídio - nunca ninguém foi tão cruel! ...