Alberto
Alberto Bridgetown é um homem com meio século vivido, de têmpora rija e atração magnética, em que o revés de ser tímido rendeu em introspeção e leitura compulsiva. Na juventude, Alberto aproveitou o clima revolucionário para experimentar identidades políticas e jogos relacionais e daí veio a tendência para uma atitude de observação laboratorial escrupulosa da reação humana, em particular a feminina, às suas subtis influências. Dessa altura data ainda a personagem que representa no Mundo: um caráter nebuloso e difícil de se fazer compreendido. "Sou impossível", diz de si, desviando a semântica do termo para os domínios do capricho. Alberto Bridgetown, diferenciado, quase aristocrático, um temperamento reduzido "au" vinagre balsâmico, de fino e peculiar humor aplicado às fragilidades alheias. Subtis sugestões e ambiguidades marcam a ferros quem bem entende e reserva "para a vida" outras relações que estima. Por isso, ninguém o conhece a preceito e ele voga ...