O Belo
Eu ainda não conhecia o belo mas o Belo conhecia-me não propriamente a mim mas algumas de tantas cópias as cópias com pequeno defeito aqui e ali com que sonhamos ser alguém. Ele já reverbarava em mim antes de
não na minha mãe não no meu pai talvez em alguém que ainda esteja a brotar pois estes tempos miúdos das gerações são tão pouco importantes para o Belo
Agora que provei o seu liame é como se fosse eu antes de mim ou depois ligada ao umbigo da eternidade não que ela seja a minha mãe, mas é nossa parente. O que vale agora é a semente
do Belo ser um gerador e por sê-lo me lembro que não gerei o que devia devia talvez não seja a palavra eu estava distraída
enquanto o Belo era gerador de cópias e agora eu vejo mais belo o meu defeito e dou mais valor à contrafação do meu ser a jeito de quem sabe
dele tão belo como o nome
céus quem tem esse nome em sina e eu cópia defeituosa só sinto dentro um gerador não sei se por ter agora lido ou por não ter antes lido, Belo.