A Lua.
O luar penetra pela minha janela. Espreito uma Lua majestosa a sorrir para mim. Marota, faz-me viajar no tempo...
A Lua
São uivos de lobos?
Não!
São estórias do avô
pirilampos
piares nocturnos
São doces momentos
Sins da vida!
Olha a Lua!
Sombras nossas avô!
Tão grandes
e magras
que são,
a lombrigar
pelo chão!
Luar de Agosto
dá-lhe no gosto...
e outros ditos,
diz o avô sobre a Lua.
E depois, mais velhos
já sem o avô
mas ainda, a Lua
Há festa lá além.
Vamos?
Com a ânsia de dançar
e de amar também !
Por ora,
tagarelas,
caminhamos
estrada afora.
A Lua antecipa a dança
na trança de sombra
que de nós faz.
E ao voltar
faz luar frio.
A noite é velha!
Romances nasceram?
Em amanhãs
saberás
da flor.
Agora,
no regresso,
estamos cansados,
ébrios de sono
e de sonhos de amor.
Os caminhos sabem o que partilhámos ao Luar!