Tony

Atenção, disse-me ele, Tony com sotaque: Touny!

Andávamos, eu e a Lina, nas andanças das malhas e lãs,  e por qualquer motivo relacionado fui apresentada a uma sra. que vivia umas casas abaixo da da Lina e já não sei como foi, a sra convidou-me para ir visitá-la num outro dia e tomar um chá. Pensava eu que iriamos falar de lavores, mas o que aconteceu foi uma apresentação ao seu sobrinho, a viver no Canadá, que fizera uma passagem por casa dela!

Eu era uma garota de uns quinze anos e achei a situação do mais caricato e bolorento possível. Mantive o diálogo, ou melhor, fui respondendo ao inquérito do tal sobrinho, que não teria menos de dez anos  a mais do que eu e modos estranhos!...

Mais tarde, a sra entregou-me uma carta do sobrinho, já em Toronto que começava assim: Hi Sweethearth... E depois Patati Patatá... Fui ao dicionário para me certificar. Olá querida?! Que grande abuso! Nunca respondi ao pretendente canadiano, que deveria atualizar-se nas artes da sedução. Não que eu as conhecesse, mas dava logo para ver que o sr. estava uns cinquenta anos atrasado!

Que tia casamenteira! Eu, hem?!

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