A Ilha da Zé .

Voltei à ilha da Zé, acompanhada do Tim e dos outros três. 

Como eu adorava aquelas aventuras arriscadas, as passagens secretas, os adolescentes e o cão, com capacidade para vencer os adultos malvados! E... para gáudio da minha mãe, abriu-se-me na altura o apetite, mais do que com o óleo de bacalhau em versão simpática: Lipobiase, com sabor a banana (obrigada mãe!). As hormonas podem ter dado uma ajuda, mas os piqueniques dos cinco eram tão sugestivos....


Uma aventura dos cinco era um mergulho fundo na imaginação!


Ontem voltei à ilha! Já sabia que ia ser diferente. Mas queria saber quanto. Claro, ela é muitos mais pequena agora e, pior - em vez de ser longe da civilização, fica ali perto da enseada junto ao vilarejo onde vivem os pais da Zé.  Senti-me quase observada enquanto andarilhava pela ilha com os meus amigos - afinal já na altura éramos seis, que eu também por lá andava...Bem, tal como vocês, aposto ... mas não calhámos a encontrar-nos por lá!


O túnel, com os contrabandistas ainda me fez suspender a respiração e fiquei grata com a inteligência do Tim, que (n)os veio salvar, para continuarem, eles, os meus amigos, a viver tão empolgantes aventuras nos livros seguintes.


Mas agora vejo a ilha da enseada, onde se me encontra a perspetiva da imaginação! Antes da releitura, a ilha da Zé era um espaço imenso, isolado de todo o contexto! Um mundo por si mesmo! E, desta vez, lembrei pelo intelecto, o sabor da comida, mas não a provei. O menu na minha cabeça agora é extenso! E inclui sem dificuldade aqueles ingredientes, que na altura eram estranhos e diferentes! 


Saí cabisbaixa daquele espaço, com ele corrompido para todo o sempre. Adeus Zé, adeus cinco!


Abri uma arca no sótão...mas não a consigo mais fechar!

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