Infantil
Infantil, recebe agraciamentos como se fossem gratuitos. Descuida e confia como uma criança amada e protegida em casa. Exige-se essa falsa naturalidade, de sentido linear, entre uma causa e um efeito. Não extraiu a moral das histórias do real. Não quis saber da crueza das razões comuns. Fez-se a si mesma princesa, bebé eterna, deslumbrada com pequenos nadas; planeia encontrar momentos felizes e memórias longas com químicos da alegria, a expansão mental e a ligação afetiva cuidada pelo Outro. O Outro, com papel escrito para instrumento de afeição, nem sujeito, nem autor, fabricado em abril, na época exata da transição de regime a coincidir com a mudança púbere. Tudo fixo e acrítico. E depois, o queixume da inadaptação atribuída ao Mundo...