Histórias da profissão - a hipnose.

Uma vez passava pelo Santo António, em Alvalade e vi um pequeno cartaz colado num poste anunciando um evento no Hospital Júlio de Matos sobre hipnose. Como fiquei incrédula e era logo ali, fui espreitar. Era até gratuito. No anfiteatro estavam as sumidades que eu conhecia na altura da Faculdade de Psicologia ou da Associação Portuguesa de Psicologia. Professores universitários, se me faço entender. Ele era o futuro primeiro bastonário da ordem dos psicólogos, ele era o presidente da dita associação nortenha, e muitos outros. Muitos homens. E, no palco, um senhor falava em inglês e eu mal o compreendia, e mostrava videos. Era um workshop e tivemos sessão prática ficando eu no honroso papel de terapeuta do colega da associação de psis, a pô-lo a levantar o braço e a entrar em transe. Lembro-me que o Telmo Batista apegava-se muito às questões do uso de metáforas. No evento, entregaram documentação sobre a hipnose indireta de Milton Erickson. Guardei-a religiosamente. A partir daí empenhei-me em aprender inglês para não mais perder um evento daqueles, quase sem perceber patavina. Para compensar, decorei o que compreendi e vi nos vídeos, assim como as questões dos participantes. Muitos anos mais tarde, estudei o modelo de Milton Ericson. E adorei! Adorei!

Foi dos melhores eventos em que participei e, claro, fiquei rendida à hipnose que eu até aí punha na categoria de patranha e atividade circense.

Um dia memorável, que me apraz recordar!

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