O Passeio à Ilha

Era uma vez uma aldeia à beira-mar e outro vilarejo no sopé da serra, um apartamento na cidade com vista para o jardim e a ilha para onde nos dirigimos...vamos levar sanduíches e sumo de tomate, ou preferes limonada? Laranjada? Uma cerveja artesanal? Ou... Vamos ser felizes no nosso paraíso privado, viajando por onde for ou simplesmente acontecer, porque temos dentro de nós todas as sementes e muitas não germinaram ainda, então podemos fazer o não-feito, o que ficou no outro ramo de cada decisão e rumar para a frente e para todos os lados e tempos das nossas vidas...assim seja! Vamos!

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Ah, que parvoíce ter esquecido a Nancy Barros, ela iria adorar e divertir-nos ainda mais. Cuidado com a abelha, não faças nada! Há tantas abelhas agora na sua azáfama! Na ilha também teremos muitos animais selvagens, faremos uma fogueira a noite e montaremos uma agenda de guarda. Vai ser bom! Tudo vai ficar para trás! Sabes remar Luana?! Anda cá, que te ensino! O marulhar, o cheiro forte a subir ao nariz e a instalara-se no cérebro. Somos pequenas sereias que encantam ou que pelo menos cantam, no mar, para os marinheiros carentes e esfomeados! Passa a mochila do farnel para tirar uma bolacha, ó Rui, malta, quem quer? Só uma por causa do enjoo. Todos tomaram o comprimido, certo? Arranjei para todos, quem é amiga? És tu Zé, e lá veio o coro da canção foleira do festival da canção que ninguém ali vê, por pudor! O que nos vamos divertir, não pensar em nada, acampar e viver com simplicidade!... Toma o chapéu ó Paulo, tens a cabeça rapada ao sol! E uma convulsão de risota por tudo e por nada, como os adolescentes em seus arrulhos! E o mar está chão, que maravilha, dá-me água ó Belinha que a sede aperta!  Não disseste isto Clara, és menina da capital, não usas estas metáforas, mas faz de conta que te sentes livre dessas amarras do comportamento social e de tanto conviver em simplicidade com os teus amigos, falas de modo diferente, assim como disseste! Afinal é aqui que seremos o que não fomos, não é?!

Quem tem cortes de cabelo recentes? Nós não! E as unhas pintadas? Nop! Olha as descuidadas. Sim agora somos simples! Não gastamos o nosso tempo, temos já pouco e adoramos viver intensamente- eliminamos todos os excedentes, mesmo que sem outra crítica que não seja roubarem-nos tempo! Queremo-lo! Olha a enseada, ainda está na mesma! Eu salto, diz o Rui! E Eu que sou a Belinha, não me tomeis por menina queque, ultrafeminina, nem tudo queremos perder! E cá vou eu, mulher ao mar! Toca a puxar a barcaça! Malta prendam-na lá bem! Não vamos ter uma aventura suplementar! Isso é que era, não, malvados?! Sempre a querer adrenalina. Olhem que a idade é real! Nada de asneiras! E eu rio perdidamente de tanto disparate que disse ou que pensei mas não disse! Eu sei que parece a ilha da Zé. Obviamente é ela! E não tem que ser exatamente, mas quase! Ah, mas não perdemos nada no caminho da nossa vida, nem o prazer do corpo! Não nos confundam com crianças! Está é uma outra viagem!

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