Línguas de Fogo
O homem ateou um fogo na fazenda dele. Era a um quilómetro de distância. Uma queimada. Era outono. Subimos à placa da casa em construção para ver melhor. Fervilharam as opiniões, avisadas pela televisão: nada de fogos! Imaginei, à velocidade do eletrão, as mais escabrosas evoluções do caso - eu e os dramatizadores. Afinal não era um descaso. O homem sabia o que estava a fazer. Seguia as regras. Deu filhos e estes deram-lhe netos e aí está a evolução. As línguas de fogo e as da especulação, fizeram cinza. Sei lá quem foram. Tontos!