Advogada? Eu?!.
«Do que as amigas de infância se lembram!» - Pensava eu quando já adulta ao reencontrar no autocarro a amiga de brincadeiras Maria do Rosário e ela me perguntava se eu sempre tinha seguido para advogada. Fiquei perplexa e neguei alguma vez ter tido esse desejo. Ela estava também segura e deixou-me convencida: tu querias ir para advogada, dizia ela, para defender as pessoas das injustiças! Ora, tinha transformado esse o objetivo no de ajudar as pessoas a lidar com os problemas e desafios da vida, mas vendo bem, talvez tenha ficado aquela chama! Não acham?! Tirando as artes que me apaixonavam, mas que por birra entre pai e filha não cheguei a frequentar (eu queria pintura e ele arquitetura), fiquei a balançar ciências e línguas e escolhi as primeiras porque considerei mais abrangentes. Logo ali adiantei a hipótese de psicologia. Pensei: o mundo vai precisar sempre de entender as pessoas, portanto tem futuro e é fascinante! Pelo meio apaixonei-me por matemática, física, introdução à ...